Às vezes a gente pensa que está dizendo bobagens e está fazendo poesia.
Mário Quintana
Espaços
Cristina de Souza
Não cabem em mim
espaços
interrogações
preencho-me em poesia
muita destruição
matas desprotegidas
fogem as pombas
matas desprotegidas
fogem as pombas
Renascendo
Cristina de Souza
nasci
vivi
cresci
na vida
aprendi
que tudo se faz
para nascer de novo
e de nascimento
em renascimento
vou crescendo
até o ocaso das horas
Di-vagar
Cristina de Souza
Não mexer.
Não mover.
Estar. Ficar.
Fechar os olhos e ver.
Abri-los e imaginar.
Sonhar. Falar di-vagar.
Sem alentecer o pensamento.
Esquecer o lamento.
Deixar para trás os risos concretos.
As bocas de cimento.
Não mover.
Estar. Ficar.
Fechar os olhos e ver.
Abri-los e imaginar.
Sonhar. Falar di-vagar.
Sem alentecer o pensamento.
Esquecer o lamento.
Deixar para trás os risos concretos.
As bocas de cimento.
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