quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Frio em Canelot

O frio surpreende
Quem, de verdade, a cidade
Jamais compreende


No pensamento
Um esqueleto abandonado –
Arrepios ao vento.
Matsuo Bashô


Como uma flor vermelha
Sophia de Mello Breyner Andersen

À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas
.Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.


No galho mais alto
Medita o urubu.




Na ponta do galho
Dois urubus olham o dia —
O vento balança.


Natureza é o ambiente
Universo físico
Ciência da vida
Erasmo Shallkytton



Tronco oco
pra passarinho
é casa
Luciana Bortoletto


Canarinhos
Sinfonia de Canto
Nos Madrigais
Maurélio Machado


A tarde se cala
E o sol ainda vai dormir
Deixando tudo verde
Erasmo Shallkytton


Macunaíma

O Grupo SEIDE apresentou hoje no Teatro Casa de Pedra a peça “Macunaíma”. O projeto da peça nasceu a partir da leitura comentada, do livro Macunaíma, de Mário de Andrade. Cada cena do espetáculo é baseada nas aventuras desse anti–herói ou herói sem nenhum caráter, nascido no fundo do mato virgem. A idéia principal é mostrar ao público a diversidade cultural do Brasil, ilustrar nossas lendas, crenças e costumes, além de abordar temas como racismo, desigualdade social e diferenças lingüísticas que, nas últimas décadas, tornaram–se polêmicos e intensamente discutidos em vários espaços públicos e privados do nosso país. Isso tudo, encenado de forma leve e cômica com quadros musicais de dança e intervenções de bonecos.























Olhei para cima
Vi a boca de palhaça
da lua crescente.

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