Manhã sonolenta.
O enredo da vida, cedo
o dia reinventa.
O enredo da vida, cedo
o dia reinventa.
Desconheço autoria
Silenciosamente
nas esquinas da cidade.
eis a primavera.
nas esquinas da cidade.
eis a primavera.
Sérgio Francisco Pichorim
Pousado no poste
o pardalzinho perdido
pia – pede seus pais
Desconheço autoria
Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se a si mesmo como o gato
Artur da Távola
Eu estou só.
O gato está só.
As árvores estão sós.
Mas não o só da solidão: o só da solistência.
O gato está só.
As árvores estão sós.
Mas não o só da solidão: o só da solistência.
João Guimarães Rosa
Quem precisa explicar o momento e a fragrância da rosa, que persuade sem nenhuma arrogância?"
Cecília Meireles
O verde da folha
banha-se na luz do sol -
sustento da vida
Desconheço autoria
Uma brisa leve
uma tarde preguiçosa-
florescem ipês
Desconheço autoria
A camélia branca
imita rosa perfeita
sem perfume, espinhos...
imita rosa perfeita
sem perfume, espinhos...
Ligia Tomarchio
A perfeição
Na natureza não existem preconceitos.
Há na diversidade um lugar para tudo e para todos
e a beleza reina soberana!
Na natureza não existem preconceitos.
Há na diversidade um lugar para tudo e para todos
e a beleza reina soberana!
Vilma Piva
Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis.
Florbela Espanca
Na primavera
Flores na natureza
Amor em meu viver
Robert Sheldon
Há um sol vertente
que se embala na folha-
a vida agradece
o raio de sol
se mescla pintado à flor-
reluz primavera
se mescla pintado à flor-
reluz primavera
Desconheço autoria
Peço silêncio: há uma flor se abrindo no jardim
Nydia Bonetti
Canteiro de flores
Linda manhã de sol
Vou regando as flores!
Que Paz!
Robert Sheldon
A tarde cai —
no alto da árvore
gorjeia o canarinho
Árvore sem folhas
um canarinho gorjeia
para ninguém
um canarinho gorjeia
para ninguém
José Marins
"O olhar de um bicho comove-me mais profundamente que um olhar humano. Há lá dentro uma alma que quer falar e não pode, princeza encantada por qualquer fada má. Num grande esforço de compreensão, debruço-me, mergulho os meus olhos nos olhos do meu cão: tu que queres? E os seus olhos respondem-me e eu não entendo... Ah, ter quatro patas e compreender a súplica humilde, a angustiosa ansiedade daquele olhar! Afinal... de que tendes vós orgulho, ó gentes?..."
Florbela Espanca – Diário
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