"Eu queria aprender
o idioma das árvores
saber as canções do vento
nas folhas da tarde.
saber as canções do vento
nas folhas da tarde.
Eu queria apalpar os perfumes do sol. "
Manoel de Barros
Manoel de Barros
"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa.
Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim.
O fim da viagem é apenas o começo doutra.
É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu,
ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite,
Com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava.
É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem.
Sempre.
O viajante volta já."
José Saramago
Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim.
O fim da viagem é apenas o começo doutra.
É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu,
ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite,
Com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava.
É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem.
Sempre.
O viajante volta já."
José Saramago
“Todos os dias
o ciclo se repete,
às vezes com mais rapidez,
outras mais lentamente.
E eu me pergunto
se viver não será
essa espécie de ciranda
de sentimentos
que se sucedem e se sucedem
e deixam sempre sede no fim.”
Caio Fernando Abreu
o ciclo se repete,
às vezes com mais rapidez,
outras mais lentamente.
E eu me pergunto
se viver não será
essa espécie de ciranda
de sentimentos
que se sucedem e se sucedem
e deixam sempre sede no fim.”
Caio Fernando Abreu
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