"Gosto da companhia do acaso
e gosto de pensar que os tempos não se repetem,
os momentos não se repetem,
a vida não se repete porque sua dinâmica é mágica,
acontece até mesmo em segundos e,
no entanto, a memória existe pela eternidade,
subvertendo o início e o fim...
e gosto de pensar que os tempos não se repetem,
os momentos não se repetem,
a vida não se repete porque sua dinâmica é mágica,
acontece até mesmo em segundos e,
no entanto, a memória existe pela eternidade,
subvertendo o início e o fim...
Gosto de me despir das folhas
e comer os frutos no tempo em que são me dados.
Banquetes instantâneos em que flagro a felicidade e
num átimo, num lapso,
num vôo com os deuses inconstantes
e, assim, me encho de fé..."
Célia Musilli
"A morte deveria ser assim:
um céu que pouco a pouco anoitecesse
e a gente nem soubesse que era o fim ."
um céu que pouco a pouco anoitecesse
e a gente nem soubesse que era o fim ."
Mário Quintana
"Algumas tardes
têm a solidão da nota que ficou sem melodia,
do texto sem ponto final,
da tela onde as pinturas naufragam...
Algumas tardes ficam sem respostas
como as cartas que voltam com o carimbo:
“Endereço não encontrado."
E a gente sabe que perdeu,
mais que a cidade, o desejo de procurar a rua,
mais que o número,
a possibilidade de entrar,
limpando o passado no tapete...
Algumas tardes terminam como um cartão-postal,
flagrante da paisagem
naquele instante, naquele átimo
em que o sol deixa um raio sobre o muro e,
na linha do horizonte,
os pássaros debandam.... "
Celia Musilli
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