domingo, 17 de fevereiro de 2019

...


Eu sou o que sou
já tentei mudar
mas sou imutável
na medida em que posso
Sou de poucos mistérios
sou de poucas promessas
sou o que sou
e não tenho pressa
O que me incomoda
é a passividade
prefiro fazer da vida, um evento
nos dias de tristeza
até alegria eu invento
Sou o que sou
não sei se isso é bom ou ruim
o vazio nas palavras
não existe em mim
Falo sozinha
falo pelos cotovelos
tenho meus opostos
bem demarcados
eu deixo tudo à vista
não mando recados
Sou o que sou
em um mundo
que anda frágil
cheio de promessas de amor
(...)
O peso das injustiças
o preço do mercado
o verso tão esquecido
de verdades veladas
Sou o que sou
esqueci muitas ilusões
guardei muitos sonhos no bolso
mas, não os deixo pesar como pedras
O meu reino é de portas abertas
construo pontes e não muros
ergo bandeiras e não miséria
(...)
como flor etérea
matéria prima dos sensíveis
vinda de um parto sem dor 
(...)
Desconheço autoria


































Nenhum comentário:

Postar um comentário