sexta-feira, 25 de março de 2011

Dia Melancólico




Mistério
Florbela Espanca
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.

Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…

Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!









Deixa Chover
Guilherme Arantes
Certos dias, de chuva
Nem é bom sair
De casa, agitar
É melhor dormir...
Se você tentou
E não aconteceu
Valeu!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
As pessoas
Sempre têm
Chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração
Ou não!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca vai se apagar...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca, nada
Nada vai apagar...
As pessoas
Sempre têm
Chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração
Ou não!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca vai se apagar...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca, nada
Nada vai apagar...
Deixa Chover!...

Nenhum comentário:

Postar um comentário