quinta-feira, 22 de agosto de 2019

...


Há um cotidiano surdo
caminhando estremecido 
pela impudica poesia. 

Há uma tristeza imprudente
sonhando escaladas 
em vastos penhascos.

Há a carne e o osso 
pensando eternidades.

Há instantes longos 
deitando-se sobre o agora.

Há a noite avassalada
pela luz do dia que salteia.

Há o tempo.
Há tempos.
Desconheço autoria
























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