Buscamos a mesma coisa: encontrar o nosso tom.
O da nossa linguagem, da nossa arte, e - isso vale para qualquer pessoa
– o tom da nossa vida. Em que tom a queremos viver? (Não perguntei como somos condenados
a viver.) Nem meios-tons melancólicos, em tons mais claros, com pressa e superficialidade,
ou alternando alegria e prazer com momentos profundos e reflexivos. Apenas
correndo pela superfície ou de vez em quando mergulhando em águas profundas. Distraídos
pelo barulho em torno ou escutando as vozes nas pausas e nos silêncios – a nossa
voz, a voz do outro. Nosso tom será o de suspeita e desconfiança ou serão varandas
abrindo para a paisagem além de qualquer limite? Parte disso depende de nós.
Lya Luft
Nenhum comentário:
Postar um comentário