Eu estou tentando me
adaptar aos nãos, procurando um sim entre as pedras que atravessam o meu
caminho.
Tenho buscado força no
único lugar onde eu sei que ela jamais vai deixar de existir: dentro de mim.
Alguns dias parecem ter
vinte e quatro horas vezes dez; e outros, dezesseis.
Na maior parte do tempo
chove, mas eu vou continuar olhando a previsão, esperando pelo tempo bom.
Desisti dos milagres.
Não vou fazer planos para o ano novo, nem me impor resoluções. O plano é deixar
as coisas acontecerem.
Chega de listas que em
dezembro só provam que não fui capaz de cumpri-las. Não quero limitar meus
sonhos, encolhê-los para que caibam em doze meses.
Não. Eu quero a
liberdade de fracassar, de não ter tempo, nem dinheiro, nem vontade de fazer o
que devia ter feito e não me sentir culpada por isso.
Eu quero exercer o meu
direito de deixar a vida me surpreender.
Que venha a dor, o medo,
o amor, a alegria, a paz. Eu serei sempre a mesma, as situações é que mudarão.
Isso eu já aprendi.
Sabrina Davanzo
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